Tecnologia Decifra Hábitos de Consumo no Autismo

Nos últimos anos, o uso da inteligência artificial (IA) no marketing tem avançado de forma impressionante. Mas uma das aplicações mais inovadoras — e também mais humanas — está começando a ganhar destaque: a análise do comportamento de consumo de pessoas autistas.

Por muito tempo, o mercado se apoiou em perfis genéricos de consumidores, baseados em médias comportamentais e preferências padronizadas. O resultado? Campanhas que ignoravam a neurodiversidade e deixavam de lado uma parcela significativa da população.

Hoje, graças a algoritmos de aprendizado de máquina e à análise de grandes volumes de dados, pesquisadores e profissionais de marketing estão descobrindo padrões únicos de percepção, tomada de decisão e engajamento entre pessoas dentro do espectro autista.

Esses estudos revelam pontos fundamentais:

  • Preferência por comunicações diretas e objetivas, sem excesso de metáforas ou ambiguidades.
  • Maior sensibilidade a estímulos visuais intensos, como cores muito vibrantes ou elementos em movimento constante.
  • Valorização da autenticidade e da previsibilidade, ou seja, marcas que mantêm coerência em seu discurso e comportamento.
  • Busca por clareza nas informações, principalmente sobre produtos, prazos e políticas.

Essas descobertas estão transformando a forma como as empresas se comunicam. Marcas que aplicaram estratégias adaptadas aos princípios da neurodiversidade notaram melhor engajamento, maior confiança do público e aumento nas taxas de conversão.

Além disso, algumas plataformas já estão desenvolvendo modelos de IA inclusivos, capazes de testar campanhas com diferentes perfis cognitivos e prever reações de grupos com sensibilidades distintas. Isso representa um avanço não apenas técnico, mas ético e social, aproximando o marketing de uma comunicação mais justa e empática.

O impacto vai além das vendas. Quando uma marca compreende e respeita as diferentes formas de perceber o mundo, ela não só cresce — ela humaniza a tecnologia.

O futuro do marketing não será apenas movido por dados, mas pela capacidade de entender que cada mente interpreta o mundo de forma singular. E a IA, ao invés de substituir o humano, pode ser a ferramenta que nos ensina a enxergar essa diversidade com mais profundidade e respeito.

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Stephanie Freitas

Ajudo marcas a transformar propósito em história e história em vendas.​

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